O Pix facilitou muito a vida na hora de transferir dinheiro. Ele tornou os processos bancários, principalmente pagamentos, bem menos burocráticos. Com isso, a maioria dos empreendimentos e comércios passaram a aceitar o Pix como meio de pagamento.
Vendas online e por meio de plataformas digitais, como o WhatsApp, também se beneficiaram das funcionalidades do Pix, simplificando as transações. Por outro lado, essa comodidade acabou abrindo portas para novos tipos de fraudes, como o golpe do Pix agendado.
Tendo como principal alvo comerciantes e lojistas, esse golpe se utiliza de um dos recursos oferecidos pelo Pix para enganar vendedores.
Pensando em te ajudar a evitar esse problema, fizemos este artigo para te alertar como o golpe funciona e ensinar a identificá-lo e evitá-lo. Vem com a gente!
O que você irá ler neste artigo?
Primeiramente, é possível agendar um Pix?
Para entender como esse golpe agendado funciona, é preciso saber sobre a função de agendamento do Pix. Desconhecida por algumas pessoas, ela permite a programação do pagamento para uma data futura.
Uma vez agendada, a transferência pode ser cancelada antes da data pré-determinada. Essa é a brecha que os golpistas utilizam nas falsas transações.
Como funciona o golpe do Pix agendado?
Segundo o Banco Central, mais de 140 milhões de usuários estavam cadastrados no Pix até novembro de 2022. Esse alto número de pessoas que usam o serviço, somado à facilidade para transferir valores, passou a ser visto como uma oportunidade para crimes.
De modo geral, o esquema que afeta negativamente os recebedores é simples: o golpista faz um agendamento do Pix, recebe o produto ou serviço, e depois cancela a transação, deixando a empresa sem receber o pagamento.
Para que as pessoas não identifiquem facilmente o golpe, os criminosos desenvolveram diferentes formas de aplicá-lo. E para deixar você, empreendedor, de olhos bem abertos, listamos abaixo alguns exemplos:
1. Envio do comprovante sem as informações de data
O golpista faz o agendamento do valor para qualquer data futura, gera o comprovante e o envia por WhatsApp para a loja. Porém, antes do envio, ele corta a imagem de forma que a data da transação seja ocultada.
Pode parecer simples de perceber, mas não é. Os criminosos tomam todo o cuidado para que a imagem fique muito semelhante à original. Então, alguns detalhes, como a ausência da data, podem passar despercebidos.
2. Edição de imagem
Essa tática vai um passo além da anterior. Ao invés de cortar informações, elas são editadas.
Com o auxílio de softwares de edição, o criminoso altera as informações do comprovante antes de enviar. Ele pode mudar datas, valores e, até mesmo, textos (por exemplo, alterar a palavra “transferir” para “transferido”, fazendo o vendedor acreditar que o dinheiro foi depositado).
3. Vendas presenciais
Essa maneira é a menos comum, pois precisa de uma falsidade um pouco maior por parte do golpista. Ele vai pessoalmente até alguma loja, compra alguns produtos e “paga” via Pix (na verdade, ele só faz o agendamento do Pix).
Alguns comerciantes não têm o hábito de solicitar o envio do comprovante. Eles apenas dão aquela “olhada” no celular do cliente. E é aqui que mora o perigo!
Essa variante do golpe se aproveita justamente da inocência ou do despreparo dos comerciantes. Como o pagamento foi apenas agendado, no momento em que o golpista pisar fora do estabelecimento, basta ele cancelar.
Como se proteger do golpe do Pix agendado?
Sabendo que o golpe pode ser aplicado de diferentes maneiras, o seu cuidado como empreendedor deve ser dobrado. Em outras palavras, sempre mantenha o “desconfiômetro” ligado e preste atenção em nossas dicas.
A primeira delas é verificar se o dinheiro realmente caiu na conta. Antes de enviar o produto ou realizar o serviço, acesse o extrato através do aplicativo do banco e tenha certeza que o valor está correto.
Observe também se o depósito não está aparecendo como “lançamento futuro” ao invés de entrada. Isso é um indício de que podem estar tentando te passar para trás.
Verificar as informações do comprovante enviado é outra dica super útil. Sempre confira:
- Nome do emissor;
- Se o nome da sua conta está correta;
- Se o valor está correto;
- Se o comprovante consta como “pagamento” e não “agendamento de pagamento”;
- Se a data e o horário da transferência batem com o momento.
Analise cada comprovante com calma e preste muita atenção nas épocas de alto volume de compras, como o Natal, por exemplo. Esses são os períodos preferidos dos golpistas, pois sabem que os vendedores podem estar sobrecarregados e prestando menos atenção aos detalhes de transferência.
Também é importante notar coisas mais específicas, como a fonte utilizada no comprovante, além de erros de português e de digitação. Assim, já é possível identificar um golpe rapidamente.
Por fim, outro detalhe interessante para se considerar é que toda transação realizada por Pix no Internet Banking possui um número de identificação do procedimento. Ele se chama “ID da Transação”, sempre começa com a letra “E” maiúscula e possui 32 caracteres. Checá-lo garante uma camada a mais de segurança! Anotou tudo, né?
Afinal, o Pix é seguro?
Sim! Apesar de existirem muitos golpes devido a sua desburocratização, o Pix continua sendo um meio de pagamento seguro para as pessoas e empresas.
O sistema dos bancos, seja no aplicativo ou no Internet Banking, conta com várias camadas de segurança. Para a transferência via Pix ser liberada, é necessário passar por algum processo de autenticação, como verificação em duas etapas, leitura biométrica, reconhecimento facial, entre outros.
As fraudes acontecem pela falta de caráter dos golpistas que enganam os lojistas e empreendimentos com falsas informações. Por isso, todo cuidado é essencial! Evite compartilhar dados pessoais e siga as dicas que apresentamos aqui para você!
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