A liderança feminina tem se demonstrado não somente eficaz, mas vantajosa e benéfica para empresas. Mulheres na liderança, hoje, ocupam apenas 37% dos cargos mundialmente, número que ressalta a necessidade de mais mulheres líderes, e não apenas por questões de representatividade. 

A diversidade nos níveis de liderança no âmbito corporativo tem sido pauta há algum tempo, considerando que a desigualdade de gênero continua expressiva no Brasil e no mundo. Apesar da maior visibilidade, os números revelam que ainda estamos longe em termos de igualdade.

Em contrapartida, estudos demonstram que mulheres na liderança podem ser mais eficazes e trazer benefícios para as empresas. Para entender melhor, é necessário conhecer quais são os impactos da liderança feminina no mercado de trabalho. É ideal, também, entender quais são os desafios que ainda estão por vir.

Benefícios da liderança feminina

De acordo com a ONU, empresas governadas por mulheres podem ter resultados até 20% melhores. Além disso, um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que os benefícios são mais do que financeiros, e inclui como vantagem o aumento nos índices de atração e retenção de talentos e melhoria na reputação e imagem pública.

As mulheres na liderança também se saem muito bem em competências criativas e tendências reativas, conforme novo estudo da Leadership Circle. De acordo com eles, os dois aspectos são muito importantes em questão de valores e propósitos. A análise de mais de 240 mil perfis de liderança demonstrou vantagens das líderes femininas.

Nas dimensões criativas, as mulheres pontuam significativamente mais alto, saindo-se melhor na capacidade de conexão e relacionamento com o outro, bem como nas competências de autenticidade e conscientização. 

Os resultados dessa pesquisa também demonstram que as mulheres lideram de um jeito criativo e colaborativo, concentrando-se no que mais importa. No ambiente de negócios, as mulheres no mercado de trabalho se mostram visivelmente diferentes na construção de conexões, mentoria e desenvolvimento.

Segundo a pesquisa, mulheres demonstram níveis altos de eficácia de liderança e menor impacto reativo, ou seja, dependem menos do outro, são menos influenciáveis e agem de forma mais assertiva.

Desafios do crescimento profissional

Na imagem, observamos uma mulher em um escritório, de frente para um notebook, em uma reunião de trabalho.
Ainda existem muitas barreiras para serem superadas pelas mulheres em relação ao mercado de trabalho.

Apesar do avanço na luta pela equidade e das vantagens da mulher no mercado de trabalho, ainda existem desafios que dificultam o desenvolvimento profissional feminino.

Entre eles está o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, muitas vezes prejudicado pela jornada dupla de trabalho. Neste cenário, mulheres se sentem sobrecarregadas com o atrito entre a vida profissional e trabalhos não remunerados, como atividades domésticas e cuidados com a família.

A disparidade salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho também é um problema que precisa ser enfrentado. A transparência salarial, bem como análises regulares de equidade salarial seriam ideais para corrigir as discrepâncias entre as remunerações.

Um problema estrutural a ser enfrentado são os estereótipos de gênero, papéis atribuídos a homens e mulheres, ainda muito presentes na vida profissional. Esses comportamentos tendem a justificar a desvalorização da mulher no mercado de trabalho, o que impacta diretamente na dificuldade em assumir cargos de liderança.

Ainda conforme a OIT (Organização Internacional do Trabalho), as mulheres estão mais sujeitas ao assédio em todas as carreiras. A violência de gênero ocorre em forma de humilhação, silenciamento, objetificação e elogios desagradáveis e fora do contexto e está intimamente ligada à dificuldade da mulher em manter-se em um ambiente de trabalho saudável.

Em relação aos desafios das mulheres no mercado de trabalho, inserção, criação de oportunidades de carreira e liderança, introdução de horários de trabalho flexíveis e programas de licença parental equitativos e criação de programas educacionais contínuos são essenciais para um ambiente de trabalho igualitário.

Mulheres na liderança e empoderamento feminino

É possível notar, na imagem, três mulheres em roupas formais, sentadas em um sofá, segurando cadernos e lápis. Elas parecem estar conversando em uma reunião.
O empoderamento feminino no mercado de trabalho pode ser parte de uma estratégia para diminuir a desigualdade de gênero.

Ter mulheres na liderança é um passo para a criação de um ambiente mais justo e igualitário. A liderança feminina é essencial para que os ambientes de trabalho se desenvolvam e superem as barreiras criadas pela desigualdade de gênero.

Apesar da promoção da liderança feminina e da inserção da mulher no mercado de trabalho enfrentarem percalços que impedem o crescimento profissional das mulheres, existem estratégias para lidar com elas, e entre elas está a própria valorização do trabalho feminino.

Por meio da nomeação de mulheres na liderança, além de gerar resultados, melhorar a reputação, a conexão e o relacionamento com as equipes, é possível empoderar as mulheres no meio corporativo como um todo. A liderança feminina ajuda a representar o poder feminino e do que elas são capazes.

A Afinz e as mulheres na liderança

Na semana do Dia Internacional da Mulher, no dia 8 de março, a Afinz – plataforma de soluções financeiras e de cuidado – recebeu o Selo Mais Mulheres na Liderança ABBC 2024, concedido pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC) para empresas comprometidas com a inclusão e diversidade, valorizando a equidade de gênero na alta liderança.

A homenagem foi recebida por Mary Helen Souto, CFO & People Officer da Afinz, nesta terça-feira (5), representando as demais mulheres que fazem parte da companhia. Atualmente, do total de líderes do banco multiplo, 46% são mulheres.

A Afinz integra um grupo seleto de instituições financeiras que contribuem para a construção de um setor mais justo e plural, e que historicamente é majoritariamente masculino.

“Essa é uma conquista que nos motiva e mostra que estamos no caminho certo para trazer cada vez mais mulheres para nos ajudar a inovar e desenvolver as melhores soluções financeiras, tecnológicas e de cuidado. O prêmio é reflexo da Afinz tratar de igual para igual lideranças masculinas e femininas”, afirma a CFO da Afinz.

A ABBC lançou a premiação este ano para incentivar e disseminar o debate sobre o aumento da presença de mulheres nos cargos de comando. Para conquistar o selo, é necessária a presença de pelo menos duas mulheres na diretoria estatutária. Das 121 instituições associadas, 26 receberam a chancela.

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